quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Projeto: Integração da Família e Escola: Escola de Pais

APRESENTAÇÃO

O Centro de Educação Infantil Municipal (CEIM) “Sebastião Justino Furtado”, localizado na Rua Santa Luzia, s/n, Rio Quartel, Linhares/ES, tem como princípio básico a promoção da cidadania, oportunizando aos alunos um ambiente educativo saudável e acolhedor, visando a valorização e socialização das crianças.

Para isso, a gestão do CEIM tem como plano de ação estabelecer e fortalecer vínculos junto com a família e a comunidade – peças fundamentais na construção de uma escola viva e atuante no mundo moderno que passa por constantes transformações – visando a integração de toda a sociedade ao universo educativo.

Assim, com intuito de estabelecer uma parceria de colaboração e integração entre a escola, família e comunidade, se deu a construção deste Projeto de Integração Família-escola, buscando promover um trabalho de aproximação e apontar para possíveis ações para a melhoria da aprendizagem, socialização e desenvolvimento dos alunos.

O processo de elaboração deste projeto contou com a participação coletiva de todos os membros da comunidade escolar: diretor, educadores, pedagogo, funcionários, membros do Conselho desta escola e até os próprios alunos, num processo dialético e dialógico, através de reuniões, encontros e bate-papos, tendo como norteador o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola e os planos de ação da equipe gestora, que, em 2011, contemplava como ação a promoção de ciclos de palestras, estudos e encontros com os pais.

Nessa perspectiva, este projeto propõe a integração da família na escola, através de atividades pedagógicas curriculares e extra-curriculares em horário de aula e fora dele, enfatizando a necessidade de se promover um ambiente educativo saudável, harmonioso e feliz, ou seja, um ambiente em que os alunos, família, comunidade e colaboradores se sintam acolhidos, valorizados, motivados e felizes, capazes de atuar com autonomia e responsabilidade na educação de nossas crianças.

Sabe-se, no entanto, que essa não é uma tarefa fácil, que são necessárias muitas ações e reflexões, disponibilidade de tempo e envolvimento contínuo, mas com a participação de todos os membros da comunidade escolar e com o indispensável prestígio da família, nossos objetivos serão alcançados.
 
PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR
Os centros de educação infantil, atendendo à primeira etapa da modalidade básica de educação, deve ser um espaço de construção da autonomia e personalidade das crianças, oportunizando a todos experimentar vivências e situações de afetividade e socialização.

A escola atende a alunos na faixa etária entre 1 a 05 anos, sendo sua maioria formada pela raça de pardos e negros. Esses alunos são provenientes de uma comunidade com características sócio-cultural diversificada. De modo geral são funcionários de empresas locais, como Weg motores, Brametal, Imetame, lavradores e trabalhadores braçais. A maior parte provém de famílias humildes, pais separados e desempregados, o que afeta o cotidiano da escola, isto é, no desempenho, acompanhamento, a falta de responsabilidade, baixa auto-estima e disciplina. 

O contexto social da comunidade local é constituído em grande número por famílias de baixa renda, sem instrução acadêmica (muitos analfabetos) que trabalham como diaristas. Em conseqüência, muitas crianças precisam ser atendidas o dia todo, em horário integral. Percebemos também a falta de estrutura financeira, cultural e mesmo de valores em algumas famílias e isso se reflete no dia-a-dia de nossas crianças, que apresentam comportamentos agressivos e destoantes com a essa etapa de desenvolvimento infantil.

A nossa escola atende prioritariamente a clientela residente no bairro. Por ser um bairro localizado na Zona rural do município, e sua localização ficando distante a, aproximadamente, 10 km do bairro mais próximo (bebedouro), as famílias só tem esta unidade que as atenda.

 JUSTIFICATIVA

O presente projeto justifica-se pela necessidade de implementar ações que integrem a família às atividades da escola, seja através da participação ativa e contínua no dia-a-dia escolar, seja através de encontros, reuniões, palestras e eventos esporádicos.  Sabe-se que num trabalho integrado todos têm a ganhar e o sucesso das práticas escolares será certo, bem como o desenvolvimento saudável, autônomo e feliz das crianças. 

Temos como público alvo os familiares das crianças atendidas pelo CEIM “Sebastião Justino Furtado” como toda a comunidade escolar interessada, buscando sempre atingir o objeto principal do nosso trabalho: o aluno, que é objeto porque é nosso alvo final, mas também é sujeito porque participa decisiva, ativa e dinamicamente deste processo de construção do coletivo escolar.

Sabe-se que na contemporaneidade a família tem assumido diversos papéis na sociedade e tem se esquecido de conduzir a educação dos filhos com as intervenções necessárias, seja por escassez de tempo, falta de consciência da sua importância no desenvolvimento e bem-estar dos filhos, desinteresse ou mesmo pelas condições culturais, sociais e econômicas que lhe são oferecidas, o que influencia diretamente na concepção de criança, família e educação.

Percebe-se que muitas mudanças têm ocorrido na sociedade que tem veiculado certo distanciamento entre a família, responsável pelo provimento material e afetivo e a escola, responsável por todo o processo educativo dos filhos. Isso tem provocado uma disparidade e alargamento dos laços de integração entre a família e a escola, tão importante para a construção sólida da educação das crianças.

Visualizando esta situação, a escola tem ficado sozinha com todos os problemas e insatisfações decorrentes justamente deste distanciamento que é crucial para o desenvolvimento da criança. Por isso a proposta é trazer a família como principal parceiro para o alcance dos objetivos propostos pela escola, informando-a, promovendo a análise, a reflexão, o autoconhecimento, o dinamismo nos processos de educação dos filhos.

Isto se dará por meio da inserção da família no cotidiano escolar, através de convites a apresentações, momentos culturais, eventos, reuniões, discussões, grupos de estudo, dentre outros que será o ponto de partida para uma junção de objetivos que serão conquistados com parceria e envolvimento entre família e escola/escola e família. Dentre as diversas estratégias, destacam-se os estudos e reflexos sobre diversas temáticas relacionadas à educação, saúde, bem-estar e promoção da dignidade humana e cidadania, que acontecerão ordinariamente toda última quarta-feira do mês, e contará com a participação e apoio de diversos parceiros e colaboradores, como psicólogos, médicos, representantes de igrejas e pastorais, professores, pais e outros.

 Diante desse desafio, o de promover a integração e participação da família na vida escolar dos alunos, este projeto parte da premissa de que quando família e escola caminham juntas o processo de ensino-aprendizagem é muito mais significativo e produtivo, e que a formação da personalidade e identidade das crianças acontece de forma responsável e segura.

 OBJETIVOS

GERAL

 Criar estratégias que viabilize uma reflexão sobre temas relevantes à educação envolvendo família, escola, comunidade e alunos, visando não só o sucesso no processo de ensino e aprendizagem, mas o desenvolvimento saudável e feliz das crianças, bem como um acompanhamento mais direto das famílias na vida pessoal e escolar dos filhos.

 REFERENCIAL TEÓRICO

As pesquisas feitas em referenciais teóricos registram peculiaridades importantes do desenvolvimento do ser humano. A criança quando nasce “prematura” requer, durante um período relativamente longo, cuidados familiares e mais especificamente maternos para sobreviver. Segundo (PRESTES, 2005, p.39) “uma criança carente de estímulo social desde o nascimento e durante a primeira infância, não se socializa isto é, não desenvolve capacidades humanas nem se adapta à sociedade”.

O desenvolvimento infantil é um processo global. É evidente que as dificuldades de aprendizagem estão relacionadas tanto às características próprias da criança, quanto às atitudes inadequadas da família e da escola que afetam a criança enquanto pessoa em desenvolvimento.

Naturalmente que, depois da família, é na escola que as crianças permanecem mais tempo, e as expectativas em relação ao seu desempenho escolar aumentam, assumindo maior importância na vida em família.

Mas não compete apenas à escola a função de educar, mas também à família em primeiro lugar. E se hoje se tem a sobrecarga da vida moderna, é sumamente importante lembrar que o que vale não é o tempo que se passa junto com os filhos, mas a maneira como estabelecem as relações com eles. Isso é o que importa, pois se os filhos sabem que podem contar com os a pais quando necessitarem, se os pais têm uma parte do seu tempo diário e de lazer reservado para dar atenção e conversar com os filhos, se os limites são estabelecidos com flexibilidade e justiça, sem culpas ou necessidades compensatórias, pode-se esperar, então, menor probabilidade de problemas. Para NADAL (2005, p.37), a maioria das crianças quando chega à sua classe vem com imagens sobre a escola construída por aquilo que ouviu ou viu. Na realidade, para grande parte das crianças, a escola constitui-se numa das únicas oportunidades para a aquisição de conhecimentos sistemáticos, necessários à sobrevivência e à participação na sociedade.

A estrutura familiar hoje se apresenta de forma diferente do que estamos acostumados a ver e conviver. O conceito de família vem sendo modificado ao longo do tempo, em inúmeras discussões teóricas e estudos em torno do tema, o que demonstra a dificuldade em se determinar exatamente o que é família. Neste conceito pensamos logo no nosso grupo familiar, comumente formado por pai, mãe e filhos, todos morando na mesma casa. Mas nem sempre foi assim. Mesmo hoje não seria prudente pensar apenas nessa estrutura familiar, uma vez que próprio Censo 2010 mostra novos arranjos desse grupo social que se convencionou chamar de família.

Recentemente, foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal a oficialização da união de casais homossexuais, o que aponta para a diversidade cada vez maior na caracterização, formação e concepção de família. Dessa forma, o número de famílias compostas apenas por mãe e filhos, ou pais e filhos, avós e netos, ou mesmo pessoas vivendo sozinhas, podem também ser vistas como uma família. (DEMETERCO, 2003, p.22).

O modelo de família nuclear predominante até meados da década de 50 deu lugar a novas formas de representação e organização parental com reflexos diretos no que concerne às relações entre pais e filhos. Cresceu, vertiginosamente, o número de separações entre casais, o que tem provocado a perda de referenciais ético-morais para uma parte significativa de jovens e crianças.

Além disso, a crescente presença da mulher no mercado de trabalho e sua maior independência da representação de mulher voltada à vida doméstica e à educação da prole, resultaram em certa lacuna com relação ao desenvolvimento afetivo, social e educacional das novas gerações. Para completar este cenário, as mudanças tecnológicas que prometiam uma maior disponibilidade de tempo para que os indivíduos se dedicassem a si mesmos e aos outros, revelaram-se falsas; o trabalho e a velocidade cotidiana só fizeram afastar as pessoas do convívio comunitário, isolando-as, cada vez mais e, conseqüentemente, descomprometendo-as das responsabilidades públicas, dentre as quais, destaca-se a formação da juventude.

Tradicionalmente a escola olhou para a família com certa desconfiança e, quando não teve alternativa, apenas suportou a participação dos pais na condição de ouvintes comportados dos relatos por eles produzidos, acerca da trajetória disciplinar e pedagógica dos alunos. Raramente essa participação superou os limites de ação beneficente, envolvendo-se com a parte organizacional do projeto curricular da escola. Para a escola, a família foi, e é o locus de construção de moralidade, base indispensável para a garantia do projeto moralizador e civilizacional representado pela escola.

Ainda, estudos realizados, em vários países, nas últimas três décadas, mostraram que, quando os pais se envolvem na educação dos filhos, eles obtêm melhor aproveitamento escolar. De todas as variáveis estudadas, o envolvimento dos pais no processo educativo foi a que obteve maior impacto, estando esse impacto presente em todos os grupos sociais e culturais.

Quando falamos em colaboração da escola com os pais, estamos a falar de muitas coisas. Desde logo, a comunicação entre o professor e os pais dos alunos aparece à cabeça, constituindo a forma mais vulgar e mais antiga de colaboração.

Não há uma única maneira correta de envolver os pais. As escolas devem procurar oferecer um menu que se adapte as características e necessidades de uma comunidade educativa cada vez mais heterogênea. A intensidade do contato é importante e deve incluir reuniões gerais e o recurso à comunicação escrita, mas, sobretudo os encontros esses agentes (escola e família).

Intensidade e diversidade parecem ser as características mais marcantes dos programas eficazes. Nada é pior para o bem estar e desenvolvimento das crianças e dos jovens do que a ausência de referências seguras e a privação do contato continuado e duradouro com adultos significativos.

Quando os pais, por motivos relacionados com o mercado de trabalho e o afastamento do local de trabalho da sua área de habitação, não dispõem de tempo para estar com os filhos, deixando, por isso, de tomar as refeições em comum, as crianças e os jovens são obrigados a crescerem com a ausência de referências culturais seguras. Essa ausência de referências faz aumentar a necessidade de os professores criarem programas que aproximem as escolas das famílias, contribuindo para a recriação de pequenas comunidades de apoio aos alunos que sejam uma presença forte na vida deles.

Quando os valores da escola coincidem com os valores da família, quando não há rupturas culturais, a aprendizagem ocorre com mais facilidade. Nas comunidades homogêneas, em que os professores partilham os mesmos valores, linguagem e padrões culturais dos pais dos alunos, está garantida a continuidade entre a escola e a família. Contudo, são cada vez mais as escolas com populações estudantis heterogêneas, nas quais os professores e os pais têm raízes culturais diferentes, provocando, nos alunos, dificuldades de adaptação.

O envolvimento dos pais nas escolas produz efeitos positivos tanto nos pais como nos professores, nas escolas e nas comunidades locais. Os pais que colaboram habitualmente com a escola ficam mais motivados para se envolverem em processos de atualização e reconversão profissional e melhoram a sua auto-estima como pais.

O envolvimento familiar traz, também, benefícios aos professores que, regra geral, sentem que o seu trabalho é apreciado pelos pais e se esforçam para que o grau de satisfação dos pais seja grande. A escola também ganha porque passa a dispor de mais recursos comunitários para desempenhar as suas funções, nomeadamente com a contribuição dos pais na realização de atividades de complemento curricular.

Quando a escola se aproxima das famílias, registra-se uma pressão positiva no sentido de os programas educativos responderem às necessidades dos vários públicos escolares. As comunidades locais também ganham porque o envolvimento familiar faz parte do movimento cívico mais geral de participação na vida das comunidades, sendo, por vezes, uma oportunidade para os pais intervirem nos destinos das suas comunidades e desenvolverem competências de cidadania.

METAS E AÇÕES

Pretende-se com a organização das atividades propiciar momentos de significação para a família, para que a mesma se sinta incluída no processo escolar. Sabemos que a família é um dos pontos fortes do processo escolar está relacionada diretamente ao sucesso das práticas escolares. Diante disso, a principal finalidade das ações a serem desenvolvidas seria trazer a família para o contexto escolar de forma a torná-la capaz e capacitada, consciente e politizada, dinâmica e atuante no processo de construção da educação dos filhos e do desenvolvimento de relações interpessoais afetuosas em família, na escola e em comunidade.

AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

 Durante a execução do projeto serão aplicados questionários, discussões abertas e coletivas e desenvolvidas atividades visando envolvimento da escola e da família para uma maior integração, orientando assim a comunidade na realização de ações conjuntas para melhoria do processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, esclarecendo que a avaliação desta prática serve para melhorar cada vez mais o projeto existente e o desenvolvimento do aluno.

Depois de cada momento e projeção de trabalho serão avaliados os seguintes pontos:
Qual o papel da escola e família como segmentos sociais?
O que precisamos fazer para a melhoria da participação da família na escola?
Que parcerias buscar, e como posso aproveitá-las de forma produtiva e otimizada?
Que sugestões eu posso oferecer para efetivar esta melhoria no processo educativo?
O que é de interesse do conhecimento das famílias?
Que estratégias podemos utilizar para ampliar o número de atingidos pelo projeto?
O que modificar?
A quem divulgar o que estou fazendo?

Verificar os resultados após as investigações e intervenções, observando se está havendo mudanças de posturas e também permitir a troca de ideias em trabalhos em grupo para que o projeto tenha funcionalidade e consiga alcançar os objetivos propostos no desenvolvimento de cada etapa.

CONCLUSÃO

A participação ativa e produtiva da família na vida dos filhos tem-se constituído grande desafio na sociedade atual, uma vez que a cada dia as concepções de família, educação e relações interpessoais estão cada vez mais voltadas para as necessidades básicas de subsistência do que para a de promoção do bem-estar e desenvolvimento humano amplo.
Nessa perspectiva, é importante que a escola, desde o início, promova atividades que envolvam os segmentos sociais e levem a família a refletir sobre sua postura diante da vida do filho e a suas funções para a construção de uma sociedade mais sólida. Assim, participar de experiências voltadas ao cotidiano intensificando a necessidade de aprender e ensinar buscando a realidade sócia cultural como eixo primordial.

REFERÊNCIAS

DEMETERCO, Solange Menezes da Silva. Sociologia da Educação. – Curitiba: IESDE, 2003.

MACEDO, R. M. A família diante das dificuldades escolares dos filhos. Petrópolis: Vozes,1994.

NADAL, Beatriz Gomes. A dinâmica do ensino-aprendizagem na sala de aula. Mariná H. Ribas. Ponta Grossa: UEPG/CEFORTEC.2005.

NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil: perspectivas psicopedagógicas. Porto Alegre: Prodil, 1994.

PRESTES, Irene Carmem Piconi. Psicologia da educação - Curitiba: IESDE, 2005.

 SCHIMIDT. Maria Junqueira. Também os pais vão à escola. 4ª ed. Ver. E atual. Rio de Janeiro, Agir, 1973.

ZAGURY, Tania. Escola sem conflito: Parceria com os pais. Rio de Janeiro: Record,2002.São Paulo: Ática, 1984.

Projeto: Era uma vez um lobo… mau ou bom?

Identificação:


Escola: CEIM “Sebastião Justino Furtado”
Endereço: Rua Santa Luzia, S/N, Rio Quartel, Linhares, ES.
Turma: 05 anos
Período: Maio à agosto de 2011
Professora: Clívia Ribeiro Pessotti Câmara
Pedagoga: Márcia Élida
Diretora: Rosinéia

Envolvidos:  alunos, professora, pais,funcionários da escola, Chapeuzinho Vermelho e o Lobo.         
 
Justificativa
 
A fantasia ajuda a formar a personalidade e por isso não pode faltar na educação. Histórias clássicas como Chapeuzinho Vermelho e Os três porquinhos são uma boa oportunidade de explorar a fantasia das crianças e incentivar o desenvolvimento de comportamentos leitores, antes mesmo de a turma aprender convencionalmente a ler e escrever.
Para fazer de cada criança um leitor, é necessário desenvolver atividades diárias em que as crianças tenham a oportunidade de ler, escrever, descobrir a função social da escrita, trocar idéias e muito mais.
 
Nos contos de fadas - gênero literário que dá ao leitor oportunidade de encontrar significado para a vida - o leitor é transportado para um mundo onde tudo é possível, essa é a magia da fantasia. Os pequenos se identificam com os heróis e experimentam diversas emoções, que criança não fica com medo ao imaginar o Lobo Mal devorando a Vovozinha? ou se alegra quando os porquinhos vencem o lobo e vivem felizes para sempre na casinha de tijolos?
Essas histórias permitem que a criança vivencie seus problemas psicológicos de modo simbólico, saindo mais feliz dessa experiência. É uma ótima oportunidade de trocar experiências, mergulhar na magia da fantasia e superar as dificuldades da vida real, além de muito contribuir para a formação de grandes leitores e escritores.
 
Sendo assim, estamos desenvolvendo o projeto “Era uma vez um lobo... mau ou bom?”, tema que foi sugerido pelas crianças devido a curiosidade delas em saber se ele é realmente mau ou não. Esta será uma ótima oportunidade de vivenciar experiências enriquecedoras sobre este maravilhoso conto de fadas, repleto de magia e realidade.
 
Objetivos
 
Geral
Estimular a formação de leitores e escritores desde a Educação Infantil.
 
Específicos
Adquirir o hábito da leitura;
Enriquecer o vocabulário;
Vivenciar problemas psicológicos de modo simbólico;
Respeitar a individualidade de cada um;
Expressar seus desejos e suas vontades;
Conhecer diferentes espécies de lobo, identificando suas características;
Identificar o lobo como um animal mamífero e carnívoro;
Descobrir que os lobos também vivem em grupos familiares (a alcatéia);
Refletir sobre os cuidados para preservar a vida dos lobos e demais animais em extinção;
Conhecer as diferentes versões da história Chapeuzinho Vermelho, identificando suas semelhanças e diferenças;
Recontar e reescrever histórias;
Descobrir a função social da escrita;
Pesquisar a receita preferida da avó de cada aluno;
Produzir um caderno de receitas de bolos doces e salgados ( receitas preferidas das avós dos alunos);
Vivenciar situações de leitura e escrita.
Em meio a tantas idéias e discussões, organizamos o nosso quadro de problematização:

Áreas de conhecimento envolvidas
 
Linguagem oral e escrita
Ampliação do vocabulário;
Escrita livre e dirigida;
Escrita com função social (cartas);
Escrita de um livro.
 
 Matemática
Agrupamento e seriação;
Noções simples de cálculo (adição e subtração);
Registro escrito de quantidades;
Cores;
 
Natureza e sociedade
Família, amigos e socialização;
Valores;
Comportamento dos personagens / dos seres humanos.
 
Artes
Manipulação de diferentes massas ( trigo, argila,etc.);
Manuseio e confecções com sucatas;
Desenhar cenas com os personagens;
Dramatizações e teatros.
 
Movimento
 
Teatro (dramatização de diversas situações reais ou imaginárias);
Brincadeira: Seu Lobo está?

Atividades a serem desenvolvidas
 
Roda de conversa (relato de desejos, vivências e experiências);
Contação de histórias, diferentes versões da história Chapeuzinho Vermelho;
Reconto de histórias;
Escrita coletiva de cartas para a Chapeuzinho e o Lobo (a professora é a escriba);
Confecção de uma boneca para a turma da Chapeuzinho e um fantoche do Lobo, que irão visitar as crianças em suas casas;
Confecção de uma fantasia da Chapeuzinho e uma de caçador, que será usada pelas crianças ao levarem os mascotes para casa;
Caderno volante acompanhado da história para ser lida pela família, que em seguida, irá escrever uma nova versão;
Passeio a uma floresta (mata), para caçar o Lobo;
Leitura de texto informativo sobre os lobos;
Receitas (bolo e doces);
Confecção de cartazes (retratando uma cena da história, mostrando as diferentes espécies de lobo e suas características, etc).
Leitura e escrita de listas (personagens);
Cruzadinhas;
Jogos e dramatizações;
Produção de um caderno de receitas (as preferidas da vovó);
Escrita coletiva de uma nova versão para produção de um livro;
Análise e reescrita da nova versão;
Ilustração do livro;
Escrita, análise e reescrita do convite para o encerramento do projeto;
Confecção do convite;
Dramatização do livro.
 
Produto final
Receber a visita da Chapeuzinho Vermelho;
Dramatização da nova versão produzida pela turma, exposição do livro e demais atividades que foram desenvolvidas.

Recursos
Livros;
CD’s, aparelho de som, DVD’s;
Papéis diversos, pincéis atômicos, canetinhas, lápis de cor, giz de cera, etc;
Tinta guache, pincéis para pintura;
Cola, tesouras, fita crepe;
Dado;

Avaliação
A avaliação ocorrerá durante o desenvolvimento das atividades, através de observações e registros, onde será analisado se os resultados estão de acordo com os objetivos traçados.



Fotos de Vários Eventos







Calendário Escolar

Projeto Político Pedagógico - Resumo

DENOMINAÇÃO
Centro Educação Infantil Municipal “SEBASTIÃO JUSTINO FURTADO”

ENDEREÇO

Rua: Santa Luzia, s/n, Rio Quartel, Linhares - ES
CEP : 29900-980
TELEFONES: (27) 3373-0582

ENTIDADE MANTENEDORA

Prefeitura Municipal de Linhares – ES
Avenida Governador Santo Neves, 1292, Centro.
CEP – 29900-902 – Linhares-ES.
TEL – (027) 3372 1888

ADMINISTRAÇÃO

Secretaria Municipal de Educação
Rua Nilo Peçanha, nº 82, Bairro Shell, Linhares-ES.
TELEFONE: (27) 3372-1917

DECRETOS DE CRIAÇÃO

Decreto nº 081/1995 de 1995.

DECRETO QUE DISPÕE A INTEGRAÇÃO DE TODOS OS CEIM’S

Decreto nº 0340/99 de 17/012/1999.
DECRETO QUE DISPÕE TODAS AS CRECHES À INTEGRAÇÃO A SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO.
 Nº do Decreto que Dispõe todas as Creches à Integração a Secretaria Municipal de Educação: 0288/2000 – 14/07/2000
 DECRETO MUNICIPAL AS NOMEAÇÃO DE DIRETOR
Decreto Municipal nº675 de 29/07/2010 aut. 37 de 27/08/2010.
 DECRETO DA LDB
Decreto n° 5.773/2006 lei n° 9.394/1996, que institui as diretrizes e bases da educação LDB.
Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino.

Dispõe sobre o estatuto da criança e do adolescente e dá outras providências.

Consiste na análise da situação atual da educação infantil e da atuação do Poder Público (nas esferas da União, Estadual e Municipal) no cumprimento do preceito constitucional da descentralização administrativa com a educação infantil na formulação das políticas públicas voltadas para as crianças de 0 a 06 anos, baseados nos fundamentos legais do atendimento à criança pequena - há uma relação de fontes legais para esse atendimento - a Constituição Federal/88, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei n.° 8.069/1990)  - a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) - a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB. (Lei n.° 9.394/1996) Plano Nacional de Educação - PNE (Lei n.° 10.172/2001)
Turno Matutino – 07h00min às 11h20min.
Turno Vespertino – 12h30min às 16h50min.
Horário Integral – 07h00min às 17h20min.

APRESENTAÇÃO

O presente documento nasceu após uma inquietação expressa por todo o grupo técnico, administrativo e pedagógico dessa instituição educacional que ansiava pela criação de seu Projeto Político Pedagógico.
O estudo do referencial curricular realizado na SEME durante o ano de 2000, muito contribuiu para nos despertar quanto à necessidade deste trabalho de forma a incorporá-lo a uma visão de que é preciso ampliar nossas diversidades pedagógicas, bem como as possibilidades de transformá-las.
Realizamos vários estudos com o grupo de funcionários e pais, o que nos possibilitou pesquisar diversos materiais. Porém, a nossa maior dificuldade estava centrada nos diversos aspectos que deveríamos atingir. Nossa preocupação era atender as necessidades de nossa clientela e oferecê-la um futuro mais promissor.
O Projeto Politico Pedagógico é uma proposta flexível  nos projetos educacionais, planejados semanalmente, e anualmente. Nela estão contidas as tendências pedagógicas utilizadas no CEIM, bem como o sistema de estimulação, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças. As metas aqui propostas efetivar-se-ão em parceria com toda a comunidade escolar e com o real comprometimento de todos os profissionais que a elaboraram.
Fundamenta-se na construção de um conhecimento que não é pronto e acabado, mas que está em permanente avaliação e reformulação, de acordo com os avanços dos principais paradigmas educacionais da atualidade ou outras alterações que se fizerem necessárias.
Não deseja ser, portanto um manual de ação pedagógica, mas um caminho aberto para ser enriquecido pela dinâmica da prática, tanto nos aspectos estruturais, como nos conteúdos e metodologia educacionais praticados.
Pretendemos que este Projeto Politico Pedagógico seja o impulsor e condutor de todos que compõem a comunidade escolar no alcance das metas e objetivos que o CEIM “Sebastião Justino Furtado” se propõe concretizar.

PRINCÍPIOS NORTEADORES DA AÇÃO EDUCATIVA

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

A educação de crianças em CEIM cada vez mais, tem sido vista como um investimento necessário para seu desenvolvimento desde os primeiros meses até a idade de ingresso na escolarização obrigatória. A partir da Lei 9394/96, que estabelece novas diretrizes e bases para a educação nacional, o atendimento em CEIM, Centro de Educação infantil, nível de ensino integrante da educação básica.
A educação infantil passa, então, por consideráveis mudanças perante o que era reconhecido como "educação pré-escolar", a qual rompe com a tradição assistencialista presente na área, tendo por finalidade o desenvolvimento integral da criança, complementando a ação da família e da comunidade. Considerando que nossas leis perpassam por mudanças constantes, em seis de fevereiro de 2006, a Lei nº 11.274/2006 (Brasil, 2006) ampliou o Ensino Fundamental para nove anos. Com a referida resolução, houve a antecipação da obrigatoriedade da matrícula para o Ensino Fundamental aos seis anos de idade, ampliando assim, sua duração de oito para nove anos, ocasionando a redução de um ano na Educação Infantil, a qual passa a atender crianças de zero a cinco anos de idade.
Pautados nessas Leis entendemos que a organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil deve ser orientada pelo princípio básico de procurar proporcionar, à criança, o desenvolvimento da autonomia. Essa autonomia gera a capacidade de construir as suas próprias regras e meios de ação, que sejam flexíveis e possam ser negociadas com outras pessoas, sejam eles adultos ou crianças. Obviamente, esta construção não se esgota no período de zero aos cinco anos de idade, devido às próprias características do desenvolvimento infantil, porém se faz necessário que esta construção  seja iniciada na Educação Infantil.
A partir da LDB 9394/96, principalmente com as difusões das ideias de Piaget (1896-1980) Vygotsky (1896-1934) e Wallon (1889-1962), numa perspectiva sócio-interacionista e de abordagem cognitivista, essas teorias buscam uma aproximação com modernas correntes do ensino da língua que consideram a linguagem como forma de atuação sobre o homem e o mundo, ou seja, como processo de interação verbal que constitui a sua realidade fundamental.
A tendência pedagógica cognitiva privilegia o aspecto cognitivo do desenvolvimento infantil e concentra seus principais fundamentos nas ideias do epistemólogico suíço Jean Piaget (1896-1980) e de seus discípulos, que tem como pressuposto básico o interacionismo e seus principais objetivos que consistem na formação de sujeitos críticos, ativos e autônomos.
Na tendência cognitivista, o trabalho na educação infantil é voltado para a criança a fim de que essa seja responsável pela construção do seu conhecimento aprendendo a partir da interação que estabelece com o meio físico e social desde o seu nascimento, passando por diferentes estágios de desenvolvimento. Ou seja, o conhecimento resulta da interação do sujeito com o ambiente e do controle da própria criança sobre a obtenção e organização de suas experiências com o mundo exterior, quando acompanha com os olhos os objetos, observa tudo ao seu redor, agarra, solta, empurra, cheira, leva à boca e prova etc.
Dentro dessas perspectivas, a Educação Infantil deve permitir que as crianças sejam pensadores, aprendam a refletir sobre seus modelos mentais, aprendam a instruir-se em equipe e a construir visões compartilhadas com os outros. Seguindo essa teoria é que o CEIM “Sebastião Justino Furtado” vem direcionando seus trabalhos baseando-se no que foi estudado por Vygotsky.
Vygotsky desenvolveu inúmeros conceitos fundamentais para que compreendamos a origem de nossas concepções e a forma como as exprimimos: “pensamento egocêntrico”, “pensamento socializado”, “conceito espontâneo”, “conceito científico”, “discurso interior”, “discurso exteriorizado”, e tantos outros.
Diante da explicação dessa teoria, entendemos que é preciso buscar conceitos junto com os alunos e não trazê-los prontos. Assim, ao trabalhar com projetos, nossas crianças estão diante de contextos que pode auxiliá-las na formação do conhecimento. O professor sistematiza seu trabalho, traz os pontos que serão trabalhados e o aluno vai descobrindo aos poucos. Portanto, ao final do projeto, o aluno consegue descobrir, de forma autônoma, os ensinamentos planejados pelo seu professor.

MISSÕES DA INSTITUIÇÃO

O Centro Educacional “Sebastião Justino Furtado” é um espaço estruturado para atender crianças de 1 ano a 5 anos atendendo períodos parciais e integrais, nas quais o potencial intelectual, emocional e moral de cada aluno é cuidadosamente cultivado e orientado.
A missão do CEIM “Sebastião Justino Furtado” é oferecer uma educação de qualidade e responsável, visando à formação integral, social e cognitiva da criança.
Preservar e incentivar valores como a família, a solidariedade, o respeito, a cidadania, fundamentais na construção de adultos sadios, conscientes e integrados. Dedicação, segurança, carinho e amor são atributos primordiais de nosso trabalho. Adquirindo experiências, superando desafios, brincando, vivendo e aprendendo
Os Centros Educacionais de uma maneira geral hoje são conhecidos como parte inseparável da sociedade. Buscam o conhecimento do mundo, construindo-o e partilhando ideias. Participam da construção de um universo mais harmonioso. Procuram garantir o que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente, quanto ao desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. O projeto politico pedagógico, portanto, voltado para a integração dos saberes conhecidos, estimulados, produzidos e recriados elege o ato lúdico, espontâneo e/ou dirigido, como sendo a atividade primordial da criança no CEIM ““Sebastião Justino Furtado”, pois através dele é possível se desenvolver uma cultura de justiça, esperança, ternura e solidariedade,o respeito ao individuo e às suas diferenças;uma consciência crítica acerca do mundo;formação de hábitos, valores e atitudes, a autonomia com responsabilidade e respeito à limites, a efetivação a educação inclusiva através de um processo que atenda à diversidade, respeitando os diferentes níveis e ritmos de desenvolvimento todos os alunos e, conseqüentemente, elevando a auto-estima dos mesmos, a construção de  uma cultura escolar mais humana e transformadora através da ampliação dos compromissos curriculares para além dos conteúdos disciplinares, educação  para a cidadania.
Garantir o exercício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras. Nessa perspectiva, espera-se que a educação, com mais e melhores resultados, seja um instrumento que possibilite a inserção do indivíduo no mundo contemporâneo.
A escola hoje possui um caráter formador, aprimorando valores e atitudes, desenvolvendo desde a educação infantil, o sentido da observação, despertando a curiosidade intelectual das crianças, capacitando-as a serem capazes de buscar informações, onde quer que elas estejam a fim de utilizá-las no seu cotidiano.
A sociedade brasileira, ao longo de sua história, tem enfrentado o problema da exclusão, que gera fortes impactos nos sistemas educacionais. Com a democratização do ensino, a educação passou a ser direito de todos os cidadãos e dever do Estado. Entretanto, inclusão não significa somente garantir a todos o ingresso na escola, mas, sobretudo a permanência num sistema que os acolha e lhes proporcione aprendizagens significativas.
Portanto, cabe aos profissionais desde CEIM, viabilizar uma formação integral do educando, e estar condizente com noções essenciais à sociedade atual e as necessidades da comunidade lo   

OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

 OBJETIVOS GERAIS
A Educação Infantil tem como objetivo proporcionar condições adequadas para promover o bem estar da criança, seu desenvolvimento físico, emocional, intelectual, moral e social, a ampliação de suas experiências e estimular o interesse da criança pelo processo de conhecimento do ser humano, da natureza e da sociedade.
Quanto à educação especial o CEIM tem por objetivo valorizar as peculiaridades de cada aluno, atender a todos na escola, incorporar a diversidade, sem nenhum tipo de distinção. Segundo a LDB Nº 9394/96, art. 59 parágrafo I: “Os sistemas de ensino assegurarão aos educando com necessidades especiais: I Currículo, Métodos, Técnicas, Recursos educativos e Organização específica para atender suas necessidades”. Bem como a acessibilidade desses educando.
Desta forma, o CEIM “Sebastião Justino Furtado”, em concordância com o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (Brasil, 1998, p. 63) tem por objetivo desenvolver as seguintes capacidades dos educando:
·         Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;
·         Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar;
·         Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;
·         Estabelecer e ampliar todos os mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;
·         Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conservação;
·         Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;
·         Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musica, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;
·         Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade.
 
Observar e compreender o dinamismo presente no desenvolvimento infantil é fundamental para redimensionar o fazer pedagógico. Essa compreensão influenciará diretamente na qualidade da interação dos professores com a infância.
O conhecimento de uma criança é construído em movimento de idas e vindas, portanto, é fundamental que os professores assumam seu papel de mediadores na ação educativa. Mediadores que realizam intervenções pedagógicas no acompanhamento da ação e do pensamento individualizado infantil.
Nesse processo, todos – professores/oficineira, coordenação pedagógica, direção, equipe de apoio e administrativa, crianças e responsáveis – devem sentir-se comprometidos com o ato avaliativo.
Para focar o olhar em como se avalia, sugere-se atenção aos pontos abaixo, nos espaços do CEIM “Sebastião Justino Furtado”:
Análises e discussões periódicas sobre o trabalho pedagógico. Estas ações são realizadas nos encontros periódicos. Elas fornecem elementos importantes para a elaboração e reelaboração do planejamento. Igualmente importante é dar voz à criança. Nesse sentido, a prática de avaliar coletivamente o dia-a-dia escolar, segundo o olhar infantil, traz contribuições fundamentais e surpreendentes para o adulto educador, ao mesmo tempo em que sedimenta a crença na concepção de criança cidadã. A avaliação desse tipo sistematiza-se em registros.
Os registros podem ser feitos no caderno de planejamento, onde cada professor registra acontecimentos novos, conquistas e mudanças de seu grupo e de determinadas crianças, dados e situações significativos acerca do trabalho realizado e interpretações sobre as próprias atitudes e sentimentos.
Dessa forma, o CEIM “Sebastião Justino Furtado” trabalha a avaliação cotidiana, ou seja, avalia a evolução dos alunos no cotidiano escolar. Os relatórios são produzidos de acordo com a observação dos professores sob o desenvolvimento de seu aluno. Nessa observação atêm-se ao processo de autoconhecimento, autonomia, relações sociais e cognitivas, expressão da linguagem oral e corporal, desenvolvimento motor e adaptação ao meio, entre outros.
Tendo como perspectiva as idéias de Vygotsky discutidas nos pressupostos teóricos, fica-nos claro que, a partir da organização dos conteúdos, o contato com os primeiros conceitos da disciplina na Educação Infantil, cria uma zona de desenvolvimento proximal que será consolidada à medida que o aluno for apropriando-se dos demais conteúdos em situações posteriores.